03 março 2012

Rio Douro


Por acaso, ou não, existia um banco virado para o rio. Daqueles que estão ali quietos à espera do teu descanso. E na margem, um barco que prende o olhar e deixa a imaginação à deriva pelas águas serenas de um rio que tem poemas...

RÉGUA QUE ME MEDES SAUDADES


Recebes-me no cais e aberto amplexo
Onde o meu coração ancora à justa,
E se deixar-te em breve já me custa,
Consola-me o perdão do teu reflexo

Em cores que o rio dilui em brilhos,
Apagando uma sombra de saudade
Que perpassa os meus olhos sem vaidade
De ser a mais pródiga dos teus filhos...

Mas maduro é o amor que nos reúne
Para cá das agruras do Marão,
No lar onde 'inda acendo o mesmo lume...

E d'ouro é o cordão que nos enlaça -
Gavinha que me faz do coração
Cacho d'uvas que nunca chega a passa.

(Autora do poema: Teresa Teixeira)

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